Para muitas mães, manter a criança calma e quieta é um dos grandes desafios da maternidade. Mas a inquietude e a falta de atenção dos filhos podem não ser simplesmente teimosia ou traquinagem típicas da idade como se pensou por muito tempo.
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, também conhecido por sua sigla TDAH e conhecido popularmente por “hiperatividade”, é um distúrbio neurológico que se desenvolve durante a infância e causa o tal comportamento impulsivo, geralmente indesejado pelos pais.
O que é TDAH?
É importante saber que TDAH não é uma doença que se contrai por vírus ou bactérias, não “se pega” nem se contagia. É um transtorno neurológico crônico, que pode ser adquirido por vias genéticas ou durante o desenvolvimento da criança e pode acompanhá-la durante toda a vida.
Caracterizado principalmente pela falta de atenção, a hiperatividade e a impulsividade, o TDAH pode trazer diversas consequências incômodas para o portador. Por exemplo, a dificuldade de concentração, um dos sinais mais comuns, atrapalha a capacidade de aprender, fazendo com que a criança não tenha o rendimento esperado na escola.
O transtorno, no entanto, não interfere no desenvolvimento mental ou motor. Ao contrário do que se pode imaginar ao ver um boletim com notas ruins, alunos hiperativos são inteligentes e criativos, muitas vezes acima da média.
Há uma estimativa de que 3% a 5% de crianças em idade escolar são afetadas pela hiperatividade, que costuma ser mais comum em meninos. E pelo menos metade dos portadores pode apresentar ou desenvolver outros transtornos, como bipolaridade, depressão, dislexia e ansiedade. Daí, a necessidade do acompanhamento de um pediatra.
“Meu filho tem hiperatividade? E agora?”
A vida moderna muitas vezes exige mais do que podemos lidar. Ter que dividir a atenção entre o trabalho e os afazeres domésticos pode consumir toda a energia disponível para o dia, o que faz das mães que se desdobram para resolver todas essas questões verdadeiras super-heroínas.
O problema é que esse caos diário muitas vezes atrapalha na atenção materna. E a presença da mãe e do pai no dia a dia das crianças é necessária para que a hiperatividade seja identificada desde cedo.
TDAH não é uma condição recente para a ciência médica, que estuda e descreve o transtorno desde o Século XIX. Mas ainda há muito mistério a seu respeito. Felizmente, hoje temos mais acesso à informação, por isso as mães e os pais têm mais consciência a respeito do distúrbio e orientações melhores de como lidar com filhos hiperativos.
Como identificar os sinais de hiperatividade?
A hiperatividade costuma se manifestar antes dos 7 anos de idade, denunciada por alguns comportamentos típicos da criança, como ficar batendo o pé ou balançar demais as pernas, agitar bastante as mãos, remexer-se repetitivamente na cadeira quando sentado ou olhar inquietamente ao seu redor, como se procurasse algo em que possa mexer. Falar muito, responder a perguntas impulsivamente, muitas vezes sem esperar que a pessoa termine a frase e dificuldade para dormir são outros indícios de fácil percepção.
Entretanto, alguns sinais podem passar despercebidos a uma mera observação e exigem um acompanhamento mais frequente para serem identificados, como dificuldade de aprendizagem e para terminar tarefas, dificuldade para se concentrar, falta de moderação e, às vezes, excesso de concentração, normalmente quando a criança encontra algo de seu interesse.
Para identificar esses sintomas, é imprescindível que mães e pais sigam de perto o crescimento dos filhos. Mas o diagnóstico correto e os procedimentos necessários para seu tratamento só podem ser feitos com o auxílio de um Neuropediatra, Psiquiatra ou Psicólogo. Portanto, se percebeu alguns desses comportamentos em seu filho ou filha, marque uma consulta. A hiperatividade quando tratada não atrapalha a vida e o desenvolvimento da criança.
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Equipe Médica Rede VIK
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