A chegada de um bebê é sempre uma alegria, mas com ela surgem também as primeiras preocupações dos pais. A realização do Teste do Pezinho é uma delas. Muitas vezes por desconhecimento, os pais de primeira viagem têm receio em fazer o exame, seja por acharem desnecessário ou por medo de machucar o filho que acabara de nascer.
Contudo, por mais que alguns recém-nascidos chorem durante o Teste do Pezinho, o exame é pouco invasivo, mais rápido e menos incômodo do que a coleta tradicional de sangue com uma seringa.
Vale destacar ainda que muita gente acaba confundindo o Teste do Pezinho com a impressão da sola dos pés do bebê feita em tinta e anexada aos documentos de identificação do neonato na maternidade. O que é um erro!
Mas, afinal, o que é o Teste do Pezinho?
Trazido ao Brasil em 1976 pela APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), o Teste do Pezinho tornou-se obrigatório e gratuito em todo país desde 1992 e compreende, atualmente, o conjunto de 4 exames essenciais para garantir a qualidade de vida dos recém-nascidos, os chamados Exames de Triagem Neonatal.
Na rede pública de saúde, o Teste do Pezinho é capaz de identificar 6 tipos de doenças que podem afetar o desenvolvimento físico e intelectual do recém-nascido. Já na rede privada, há laboratórios capazes de determinar até 50 tipos diferentes de enfermidades. O custo varia de acordo com a clínica médica e ainda a quantidade de doenças analisadas, mas, normalmente, fica entre R$ 200,00 a R$450,00.
Como é feito o exame?
Para a realização do teste, são os próprios pais quem seguram e apoiam o pezinho do bebê. A medida é feita para garantir que o recém-nascido sinta-se mais seguro. O sangue, então, é coletado mediante uma pequena picada no calcanhar; região bastante vascularizada e menos dolorosa. Em seguida, o material é disposto em um papel tipo mata-borrão e, após seco à temperatura ambiente, é enviado ao laboratório. Todo esse procedimento, no entanto, dura poucos minutos.
O resultado, geralmente, fica disponível em até uma semana, mas há casos que podem demorar 30 dias. É importante que os pais nunca deixem a maternidade sem ter a certeza de que o exame tenha sido realizado pelo hospital e, em caso negativo, devem procurar uma clínica de confiança para fazê-lo.
Caso haja alterações no Teste do Pezinho, a família deverá realizar novos exames para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento, por isso a importância de o bebê já ser acompanhado por um médico pediatra em Jaú desde o seu nascimento.
Quando realizar o exame?
Alguns laboratórios realizam o Teste do Pezinho até 30 dias após o nascimento, contudo, o prazo indicado pelo Ministério da Saúde é entre o 3º e o 5º dia de vida. É fundamental que se cumpra esse prazo, pois, quanto mais cedo as doenças forem diagnosticadas, melhores serão as chances de tratamento.
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Além do mais, deve-se esperar pelas 48h para que se estabeleça o funcionamento do organismo neonato, permitindo o diagnóstico de enfermidades como a fenilcetonúria, detectada após a ingestão de leite materno ou da fórmula infantil pelo bebê.
Para que serve o Teste do Pezinho?
O chamado Teste do Pezinho básico, aquele que é gratuito em toda rede pública de saúde, detecta até 6 doenças no recém-nascido e, como a maioria delas é assintomática (ou seja, sem sintomas aparentes), o diagnóstico precoce é a melhor forma de tratamento e prevenção. Conheça quais são elas:
Anemia falciforme
Trata-se de uma anemia hereditária, na qual as hemácias assumem um formato de meia-lua, o que prejudica sua passagem por veia e artérias. Tal dificuldade pode ocasionar uma oxigenação deficiente do organismo gerando complicações aos órgãos e sistemas do corpo.
Deficiência de biotinidase
Caracterizada por um defeito na utilização da vitamina B7, ou vitamina biotina, provoca convulsões, alterações motoras, atraso no desenvolvimento e até lesões de pele ou queda de cabelos. A deficiência de biotina é uma doença genética, mas, quando tratada precocemente, normalmente, não desenvolve seus sintomas.
Fenilcetonúria
Mais uma doença genética detectada no Teste do Pezinho. Ocorre devido à diminuição de uma enzima ligada ao metabolismo do aminoácido fenilalanina, presente na proteína de vários alimentos, como a carne, o leite e os ovos. Quando a enzima não consegue fazer a quebra adequada desse aminoácido, ele acaba por se acumular no sistema nervoso central da criança, passando a comprometer o seu desenvolvimento neurológico. O tratamento para essa doença exige uma mudança drástica na alimentação do bebê por toda a vida.
Hiperplasia adrenal congênita
Também conhecida como hiperplasia congênita de suprarrenais, compreende uma série de anormalidades dessas glândulas, causando alterações no desenvolvimento dos genitais externos da criança. Em meninos, essa alteração hormonal pode ocasionar o surgimento precoce dos pelos e o aumento do pênis. Já nas meninas, pode deflagrar o surgimento de características sexuais masculinas como o aumento do clitóris e o aparecimento de pelos.
Além do mais, já na primeira semana de vida pode aumentar o nível de potássio no organismo e a perda de sais, levando a criança à morte.
Hipotireoidismo congênito
Trata-se de uma deficiência causada pela baixa produção dos hormônios da tireoide, o que pode causar comprometimento tanto do desenvolvimento físico quanto intelectual da criança.
Fibrose cística
Doença genética caracterizada pelo transporte deficiente de cloro e sódio nas membranas celulares, formando um muco espesso capaz de obstruir os pulmões, ocasionando, assim, dificuldades respiratórias. Há ainda uma insuficiência no pâncreas, afetando a digestão e favorecendo a presença de gorduras nas fezes.
Outras doenças
Além das 6 doenças da triagem básica, os exames particulares podem diagnosticar outros problemas graves de saúde como a galactosemia, deficiência de glicose-6-fosfato-desidrogenase (G6PD), toxoplasmose congênita e outras deficiências do metabolismo. Em alguns casos, pode-se investigar também doenças como HIV, doença de Chagas, rubéola, sífilis e citomegalovírus.
Como escolher o Teste do Pezinho certo para o meu bebê?
Cabe ao Médico Pediatra avaliar se o seu bebê necessita de um exame mais completo ou se apenas a triagem básica é suficiente. Para essa decisão, o profissional avaliará o histórico familiar e a gestação do recém-nascido, além da incidência de algumas doenças na região.
Assim como o pré-natal, é importante garantir um acompanhamento pediátrico do seu filho. Busque uma Clínica Médica em Jaú de confiança para orientar a melhor forma de tratamento e prevenção das doenças neonatais e ajudá-lo na escolha do Teste do Pezinho mais indicado.
Agora, conte para a gente, esse texto foi útil para você? Tem mais dúvidas sobre os Exames Neonatais ou a Importância do Acompanhamento Pediátrico? Compartilhe suas dúvidas e opiniões conosco! Lembre-se de que, a melhor forma de prevenir, é a informação!
Até breve!
Equipe Médica Rede VIK
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