O Dia dos Namorados está chegando e traz com ele um alerta dos serviços de saúde: é necessária atenção redobrada com a prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), conhecidas até 2016, como Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST).
Antes de falarmos um pouco mais sobre elas, vale dizer que a mudança da nomenclatura surge, de acordo com o Ministério da Saúde, para destacar a possibilidade de uma pessoa ter alguma IST, mesmo sem apresentar sintomas ou sinais da doença.
Mas afinal, o que são as IST?
As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) podem ser causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos, em sua maioria devido ao contato sexual (oral, vaginal ou anal), sem a utilização de preservativos com uma pessoa infectada.
Dentre as principais Infecções Sexualmente Transmissíveis estão: Herpes Genital, Sífilis, Gonorreia, Hepatites virais B e C, Infecção pelo HIV (podendo desenvolver a AIDS) e Infecção pelo Papilomavírus Humano ou HPV, que pode levar ao surgimento do Câncer de Colo do Útero.
Por decorrência dessas infecções é possível que o paciente desenvolva feridas nas regiões genitais ou em outras partes do corpo, corrimentos ou verrugas anogenitais. Por isso, a necessidade de se realizar exames periódicos e da visita regular ao Ginecologista ou Urologista.
São três as principais manifestações clínicas das IST: Corrimentos, Feridas e Verrugas Anogenitais.
Principais sintomas das Infecções Sexualmente Transmissíveis
Corrimentos
- Dependendo da IST, podem ser esbranquiçados, esverdeados ou amarelados;
- Podem ter cheiro forte ou causar coceira;
- Provocam dor ao urinar ou durante a relação sexual;
- Surgem no pênis, vagina ou ânus;
- Em alguns casos, só consegue ser identificados em exames ginecológicos;
- Podem se manifestar na gonorreia, clamídia e tricomoníase.
Feridas
- Surgem nos órgãos genitais ou em qualquer parte do corpo;
- Podem causar dor ou não;
- Podem ser manifestações da Sífilis, Herpes Genital, Cancroide, Donovanose e Linfogranuloma Venéreo.
Verrugas Anogenitais
- São nódulos que surgem na região genital ou ânus;
- São ocasionadas pelo Papilomavírus Humano (HPV);
- Podem aparecer em formato de couve-flor, quando em estágio avançado;
- Normalmente, não doem, mas pode ocorrer irritação ou coceira.
Fique atento as infecções por HIV, HPV e Hepatites virais B e C
Quando se ouve falar em Infecções Sexualmente Transmissíveis, é comum associar logo ao vírus HIV, ao HPV ou a Hepatite B e C, isso porque essas duas infecções são as mais intensas e podem causar tanto corrimentos, quanto feridas e Verrugas Anogenitais.
Entretanto, algumas IST podem não apresentar sinais e sintomas, mas, se não forem tratadas corretamente podem levar a infertilidade, câncer ou até a morte.
Uma questão de epidemia mundial
Segundo a OMS, Sífilis, Tricomoníase, Clamídia e Gonorreia equivalem juntas a mais de 376 milhões de novos casos anuais. Isso quer dizer que, se fizermos uma comparação com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010, quando o país possuía 190 milhões de habitantes, toda a população brasileira estaria infectada com alguma das IST citadas.
Além disso, nem todas as Infecções Sexualmente Transmissíveis são curáveis e, apesar da maioria afetar mais os órgãos reprodutores, outras partes do corpo podem sofrer. Como no caso do HPV que pode causar Câncer de Colo de Útero e, segundo o estudo Epidemiológico sobre a Prevalência Nacional de Infecção pela doença no país, de 2016, é o terceiro tumor mais frequente na população feminina.
Diante de tantos fatores de diferenciação é importante um diagnóstico correto, feito por um especialista. Somando-se a isso, a realização dos exames e o uso de preservativo.
Diagnóstico e prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis
Segundo o Ministério da Saúde, existem mais de 30 agentes etiológicos diferentes, ou seja, os causadores de IST. Desse modo, é impossível identificar a contaminação de um paciente sem avaliação médica. Aliás, é possível e muito comum até que a pessoa infectada transmita o agente para seu parceiro sem saber.
Por esse motivo, é imprescindível, o uso de preservativos, a consulta médica regular e a realização de exames clínicos. Lembrando ainda de que o uso de contraceptivos (com exceção da camisinha) impede apenas a gravidez, mas não o contágio.
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Um grande abraço e até a próxima!
Equipe Médica Rede VIK
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