No início do mês de dezembro de 2019, o mundo voltou suas atenções para os primeiros casos de uma doença ainda desconhecida surgida na província de Wuhan, na China. Algumas pessoas que estiveram em uma feira de animais vivos passaram a apresentar sintomas semelhantes ao de uma gripe comum, mas que logo evoluía para uma pneumonia. Trata-se do coronavírus.
Primeiro caso de coronavírus é confirmado no Brasil
Terça-feira, 25 de fevereiro de 2020, o Brasil registrou o primeiro caso da doença. Trata-se de um homem do Estado de São Paulo que esteve a trabalho na Itália entre os dias 9 e 21 do mesmo mês, período em que o país europeu teve seu maior número de casos notificados.
O paciente número um apresenta bom estado de saúde e, por isso, permanece em casa em isolamento domiciliar. Segundo a Anvisa, todas as pessoas com quem ele teve contato estão sendo monitoradas.
Já no dia 29 do mesmo mês, mais um caso, também em São Paulo, foi confirmado. O paciente é um homem de 32 anos que esteve em Milão, na Itália. Seu estado de saúde é bom e ele está isolado em casa com a mulher, que não apresenta sintomas.
Agora, o Brasil torna-se o primeiro país da América Latina com um caso confirmado da doença que já atingiu mais de 80 mil pessoas e levou a morte 2,7 mil delas.
Mas será que é possível evitar o contágio pelo coronavírus (Covid-19)?
O coronavírus não surgiu agora
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, os coronavírus não surgiram agora. Na realidade, há registros dessa grande família viral desde 1937, mas foi só a partir de 1965 que esses vírus receberam a denominação de corona graças à descoberta de seu perfil microscópico em formato de coroa.
Contudo, alguns tipos de coronavírus são mais comuns e não provocam sintomas mais graves como o Alpha coronavírus 229E e o NL63. Aliás, boa parte da população mundial já foi infectada alguma vez na vida por um vírus desse tipo, especialmente as crianças. Seus sintomas são semelhantes a um resfriado com quadros que vão desde infecções respiratórias simples a moderadas.
Mas há outros tipos mais graves como o SARS-CoV, que assustou o mundo em 2002 ao ocasionar a Síndrome Respiratória Aguda Grave ou SARS. Ou ainda o MERS-CoV, em 2012, com a Síndrome Respiratória do Oriente Médio ou MERS.
Agora, o tipo de agente coronavírus é outro: o SARS-CoV-2, e com sua associação a uma rápida evolução para pneumonias fica fácil entender porque em muitos lugares os estoques de máscaras cirúrgicas tenham acabado.
Como se dá o contágio do coronavírus?
De modo geral, o contágio ocorre de pessoa para pessoa, seja por meio de gotículas de saliva, tosse, secreções, espirros ou pelo próprio contato físico (cerca de 1m de distância já é suficiente).
Entretanto, pesquisas mostraram que o Covid-19 não é tão contagioso quanto o sarampo, por exemplo. Enquanto o coronavírus pode atingir até 3 pessoas próximas, o sarampo chega a 15.
O período de incubação do SARS-CoV-2 — tempo decorrido entre o contágio e o surgimento dos primeiros sintomas — dura até 14 dias, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Quais os principais sintomas do Covid-19?
Os principais sintomas são: tosse, febre e dor de garganta, que podem evoluir para uma pneumonia. Mas ainda pode ocorrer:
- dificuldade de respirar;
- insuficiência renal;
- dores no corpo;
- congestionamento nasal;
- diarreia;
- cansaço.
Como se prevenir do coronavírus?
Algumas medidas podem ser tomadas para evitar o contágio pelo Covid-19, como:
- Lavar frequentemente as mãos até a metade do pulso, esfregando também as partes internas das unhas com água e sabonete por pelo menos 20 segundos;
- Usar álcool 70% para limpar as mãos antes de encostar em áreas como olhos, nariz e boca;
- Evitar contato próximo com pessoas doentes;
- Manter-se em casa quando estiver doente;
- Cobrir, com um lenço de papel ou a parte interna do cotovelo, a boca e o nariz ao tossir ou espirrar;
- Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência, como celulares e copos;
- Usar máscara caso apresente sintomas;
- Evitar cumprimentos com aperto de mãos, abraço ou beijo no rosto.
O coronavírus é tão letal quanto o H1N1?
Se compararmos os casos de morte pelo SARS-CoV-2 aos de influenzas como H1N1, a taxa de letalidade do coronavírus pode ser considerada baixa: são 3,5% dentro da China e 1,5% fora dela contra 23,20% do H1N1.
Além do mais, a OMS, Organização Mundial de Saúde, alertou para o fato de que 80% os mortos tinham mais de 60 anos, 75% tinha outras doenças, como diabetes e ou hipertensão, além de problemas respiratórios e 97% dos casos fatais ocorreram em Hubei, na China.
E se eu apresentar os sintomas, o que devo fazer?
Não há necessidade de se desesperar ao apresentar febre, tosse ou espirro. Como até o momento não há caso de transmissão interna no Brasil, a orientação é que se você não viajou para locais com casos confirmados da doença ou não teve contato com pessoas vindas dessas regiões, pode procurar um clínico geral, pneumologista ou um infectologista para acompanhamento e tratamento dos sintomas, como os profissionais da Rede VIK.
Agora, se você teve alguma ligação com locais ou pessoas provenientes de áreas de contágio, o ideal é procurar um hospital para realização do teste para confirmação da doença.
Em todos os casos, apresentando tosse ou espirros, lembre-se de utilizar a máscara cirúrgica. No Japão, o baixo contágio entre a população se deu exatamente graças a sua cultura de utilização dessas máscaras sempre que alguém apresenta uma gripe ou resfriado para evitar a contaminação dos demais.
Tem mais alguma dúvida sobre o coronavírus ou quer contribuir com novidades sobre o tema? Escreva nos comentários! Afinal, uma das melhores formas de prevenção é a informação!
Até breve
Equipe Médica Rede VIK
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