Uma forte dor no peito, dificuldade de respirar e sudorese excessiva são sintomas relacionados comumente a um infarto, mas também podem indicar uma crise de ansiedade. Embora muitas vezes esse mal-estar seja passageiro, em se tratando de um problema cardíaco, fazer a correta distinção pode ser vital.

Para evitar que você ou alguém da sua família corra riscos desnecessários e possa ter um atendimento adequado prontamente, separamos 5 dicas fundamentais para te ajudar a diferenciar uma crise de ansiedade de um infarto. Mas antes, vamos explicar resumidamente cada um!

O que é uma crise de ansiedade e quais os seus sintomas?

Normalmente, uma crise de ansiedade é desencadeada por um gatilho estressante como um grande aborrecimento ou o surgimento de algum problema repentino. Como vivemos em um mundo imerso em rotinas estressantes, basta um dia mais agitado para que pessoas predispostas a essa condição venham a sofrer uma crise.

Seus sintomas são tanto emocionais quanto físicos, mas costumam durar poucos minutos. Geralmente, surgem em picos de melhora e piora. Quando a crise chega ao seu ápice, é comum que o paciente sinta dor no peito e na cabeça, tremedeira, suor e náuseas.

A pessoa ansiosa fica irritada e se cansa facilmente, tem dificuldade de concentração e pode sentir tensões musculares constantes. Elas não dormem direito, costumam ter insônia e acordam como se a noite de sono não tivesse sido suficiente para recuperar suas energias.

Por isso, embora uma crise de ansiedade não cause risco de morte iminente, ela também precisa ser diagnosticada e tratada por um médico especialista. Em alguns casos, a crise de ansiedade pode estar associada à depressão ou ainda evoluir para outros transtornos como pânico ou TOC (transtorno obsessivo-compulsivo).

Além de ter relação com uma predisposição genética do indivíduo, a ansiedade também pode surgir por abuso de substâncias estimulantes como a cafeína e a cocaína, ou ainda por traumas sofridos na infância. Por isso, é importante que se procure por um médico psiquiatra a fim de que a doença não desencadeie problemas cardíacos e aumento da pressão arterial.

O que é um infarto e quais os seus sintomas?

Também conhecido como ataque cardíaco, o infarto é uma das principais causas de morte no país. Quando as artérias que irrigam o coração sofrem algum entupimento, elas impedem que o sangue da pessoa circule no organismo, causando o ataque cardíaco.

Como já mencionamos, seus principais sintomas são semelhantes aos de uma crise de ansiedade: dor no peito, podendo ter ou não irradiação para os membros superiores, suor frio, falta de ar e náusea.

Fazem parte do grupo de risco pacientes fumantes, obesos, diabéticos e quem sofre com hipertensão arterial, depressão ou arritmia cardíaca.

Como diferenciar uma crise de ansiedade de um infarto?

É importante frisar que nem todas as pessoas que sofrem um infarto chegam a óbito. Para aumentar as chances de sobrevivência, o rápido atendimento médico é indispensável. Por isso, fique atento a essas 5 dicas:

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1 – Verifique se há indícios de um gatilho emocional

Já falamos aqui que uma crise de ansiedade normalmente vem precedida de um fator estressante. Por isso, uma das forças de diferenciar as doenças é analisar se houve algum gatilho emocional que a acionasse como um desentendimento com o parceiro, uma conta que não sabe como vai pagar, a tensão pela entrega de um trabalho…

Como o infarto não tem origem emocional, é mais comum que ele surja “do nada” do que após algum evento estressante.

2 – Analise o tipo da dor no peito

Pessoas que já sofreram um ataque cardíaco afirmam sentir uma forte dor no peito e, por vezes, a classificam como “opressora”, como se conseguisse comprimir os demais órgãos do corpo atingindo, inclusive às costas. É comum ainda que a dor irradie para o braço esquerdo.

Já na crise de ansiedade, a dor no peito costuma vir em ondas de vai e vem. Além do mais, é seguida de uma sensação de ardor (formigamento) que pode atingir não só o braço esquerdo como também o direito, pernas e dedos.

3 – Observe a respiração

Geralmente, quem sofre uma crise de ansiedade sente dificuldade em respirar, ficando com a respiração ofegante, como se estivesse sendo sufocada. Fato que acabou por fazer com que, no imaginário coletivo, as pessoas associassem a respiração em um saco plástico como tratamento de quem sofre ataques de ansiedade. O que é um mito.

Contudo, as vítimas de um infarto, normalmente, não apresentam alteração na respiração, exceto nos casos em que o ataque cardíaco provoca também uma crise de ansiedade.

4 – Cuidado com acessos de tosse

O infarto pode levar a um acúmulo de líquido no pulmão e, consequentemente, causar tosse. Tal sintoma, entretanto, não é comum a quem sofre de crises de ansiedade.

5 – Fique atenta a fugas da realidade ou medos irracionais

É comum que as pessoas, durante uma crise de ansiedade, tenham medos irracionais como a sensação de estarem sendo afogadas ou sensações de irrealidade. No entanto, há casos em que um infarto também ocasionou uma crise de ansiedade.

Por isso, caso você não seja capaz de, mesmo com as nossas dicas, diferenciar um ataque cardíaco de uma crise de ansiedade, o melhor a fazer é procurar imediatamente uma clínica médica. Em ambas as situações, não é recomendado esperar, pois não receber auxílio médico em tempo hábil pode significar a morte no caso de um infarto.

Em todo caso, recomendamos que você realmente não espere pelo pior e marque consultas médicas regulares para avaliar a sua saúde física e mental. Afinal, nem sempre nosso corpo dá avisos de que tem algo errado com ele, não é verdade?

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Até a próxima!
Equipe Médica Rede VIK